O “Eu” é Deus, auto-mantido e auto sustentado, e quando somos capazes de desistir de nosso envolvimento com o falso senso do “eu”, o “Eu” que realmente somos vai estabelecendo-se, prosperando e gerando para si tudo e todos que ele precisa para o seu desenvolvimento. À medida em que conseguimos deter os fluxos ressentidos do falso sentido de nós mesmos, não nos encontraremos mais com experiências infelizes. À medida que renunciamos a todos os desejos de reconhecimento e honra, perdendo esse falso senso de si mesmo, haverá menos desejo pecaminoso, menos doença e morte. Mas, enquanto houver um eu que se regozija no reconhecimento ou luta contra rumores, fofoca e calúnia sobre si mesmo, estaremos cultivando uma falsa sensação do “eu”.
Devemos aprender a enfrentar decepções e desgraças com o mesmo sentimento com que enfrentamos a adulação, a honra e a fama – com total indiferença – porque tanto a desgraça quanto a honra envolvem um falso senso de si mesmo, nunca o nosso Eu real. Como seres humanos, não merecemos nem honra e “desgraça; como seres humanos, não merecemos nada: só Deus é merecedor, e Deus é o Único.
O conhecimento da natureza do erro revela o nada dos males do mundo, revela o seu não poder em virtude do fato de que sua única reivindicação de existência é a crença errônea de que há uma falsa sensação de “eu” através do qual podem existir e agir.

Se não houvesse esse falso senso de “eu”, onde estaria o erro? Se não houvesse um “eu” para estar doente, onde estaria a doença? Se não houvesse “eu” para pecar, onde estaria o pecado? Se não houvesse nenhum “eu” para morrer, o que seria a morte?
Tudo isso estaria exatamente na mesma condição que o som estaria se não houvesse ninguém para ouvir: o som não seria som. E não haveria morte, se não houvesse uma pessoa para morrer. Não está claro, então, que o erro é aquele senso pessoal que acredita que existe um eu separado de Deus!??? Isaías viu isso, como é indicado pelas suas palavras: ” porventura há outro Deus fora de mim?” (Isaías 44:8).
Em outras palavras, o que ele estava dizendo era que existe apenas um Deus e, portanto, só pode haver apenas um Eu. Ele viu, sentiu e percebeu que não há individualidade além de Deus. Ele não podia falar de si mesmo como homem, porque aquele falso senso de si, esse senso separado de individualidade, tinha desaparecido. Repare que é bem possível tornar-se emotivo ao falar de Deus, Cristo, o Espírito, ou a Alma, e ser tão levado e fascinado por tanta beleza que pode-se ignorar completamente o fato de estarmos sendo engolidos por uma falsa sensação de si mesmo, mesmo ao expressar todas essas verdades poéticas e belezas sobre Deus.
Joel – Trecho do Livro: “O Homem não nasceu para chorar” Capítulo 8 – parte: “Perder o Falso Sentido do “eu”
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