Em nossas orações, deixe nossos pensamentos irem ao mundo. Vamos abraçar toda a humanidade sem distinções em nossa consciência, sabendo que todos aqueles preparados para o Cristo encontrarão o Cristo, todos aqueles preparados para a Graça de Deus irão recebê-LO. As orações daqueles que buscam testemunhar a paz universal, a harmonia universal, a saúde universal e a riqueza universal serão respondidas, e elas serão conduzidas àquela Fonte Espiritual Interior.
Cada um de nós é uma fonte de luz espiritual que irradia para ser compartilhada com todo mundo disposto a experimentá-la em proporção à sua percepção da VERDADE de que “o Reino de Deus está dentro de nós”.
Isso deve ser liberado de dentro, em primeiro lugar, reconhecendo que somos “UM COM O PAI”, uma fonte de vida e que estamos dispostos a compartilhar essa “água”, esse “alimento”, essa “ressurreição”, essa “vida eterna”, com todos os que estão preparados para recebe-LO. Então o próximo passo é entrar no silêncio e oferecê-LO ao mundo.
Se fôssemos andar por aí para cima e para baixo nas ruas, praças contando isso ao mundo, não demoraria muito para sermos ridicularizados e perseguidos, e com isso a “pérola de grande valor” que oferecemos fosse lambusada. A Sabedoria Divina nos ensina a não dar nossas riquezas espirituais para aqueles que não são apreciadores de coisas espirituais. É claro que isso não precisa nos impedir de cumprir a nossa parte. Visto que a promessa do Mestre é que, se orarmos em segredo, onde ninguém sabe que estamos orando, se oramos para que o mundo busque esta fonte de água espiritual e encontre o Reino interior, nossa oração alcançará aqueles que estão prontos, abertos e sensíveis para receber o benefício dessa oração.
Tudo o que sabemos secretamente, silenciosamente e sagradamente dentro de nós é manisfestado abertamente no exterior, mas não são as palavras ou os pensamentos em oração que detém o poder. O poder é o motivo. Se existe uma razão pessoal ou egoísta, a oração nunca chegará ao trono de Deus e nunca será manifestada. Quando nosso motivo é que a graça de Deus seja dada a conhecer, que a presença de Deus seja sentida, que o poder de Deus seja manifestado nos corações do amigo e inimigo em todas os lugares ao redor do mundo, então nossa oração está com poder.
Como devemos orar pelo inimigo?
Devemos orar para que ele seja bem sucedido nos vencendo?
Isso é possível para nós, ou isso é um grau de altruísmo muito alto que ainda não alcançamos?
Nossa oração, no entanto, pode e deve ser: “Pai, abra nossos olhos para ver. Abra nossos ouvidos para ouvir”.

Foto por Skitterphoto em Pexels.com
Ao fazer isso, não pensemos nem por um momento que os únicos inimigos que temos estão em lugares distantes. Temos alguns homens cegos e surdos neste mesmo continente. Alguns de nossos inimigos estão em nosso próprio meio em cargos muito altos, não que eles sejam maus – eu nem sequer sugestionaria tal coisa – digo apenas que eles são “cegos e surdos ao impulso espiritual”.
Me acompanhe nesse raciocínio: Suponha que você e eu tivéssemos uma diferença. Você está do outro lado da mesa e eu estou deste lado da mesa. Você está insistindo que vai fazer do seu jeito, e estou insistindo que vou fazer do meu jeito. Agora, me diga, quando você acha que a paz poderia ocorrer entre nós? Existe alguma esperança, desde que você insista que você deve ser do seu jeito e eu insisto que deve ser do meu jeito? Não, isso poderia continuar até o fim dos tempos.
Então, está é a situação atual do mundo. Enquanto os países do mundo estiverem alinhados em lados opostos da mesa, não haverá paz. Pode haver um período sem uma guerra, de tiros, mas a paz virá somente quando as duas grandes potências atuais se sentarem do mesmo lado da mesa e disserem: “Vamos resolver os problemas do mundo”. Então só assim eles serão trabalhados. Não há outro jeito!
Você e eu não podemos realizar isto individualmente em qualquer outra base, nem poderíamos se estivéssemos na Casa Branca ou no Kremlin.
O tempo é passado na história humana para vitórias. Rindo, eu digo a vocês que os Aliados foram vencedores da Alemanha na Primeira Guerra Mundial; rindo, digo isso a você, sabendo que escárnio essa vitória era. Assim como rindo, eu lhes digo que derrotamos a Alemanha e o Japão na Segunda Guerra Mundial. É uma zombaria acreditar que fomos vencedores! Ambas as vitórias foram coisas vazias, e Deus nos livre de que devemos ter outra vitória como esta! Não podemos permitir outra vitória como esta.

Foto por Pixabay em Pexels.com
Quando oramos, oramos universalmente. Oramos para que os olhos “espirituais” de todos os homens sejam abertos, para que o Reino de Deus seja manifestado assim na Terra como no Céu, para que aqueles que estão em pecado (erro das aparências) sejam levantados e sejam perdoados e não punidos. Nós nunca oramos pelo castigo de ninguém. Nossa oração é que todos sejam perdoados. Oramos para que aqueles que estão ofendendo este mundo, que são contra a liberdade, justiça e igualdade, sejam perdoados, que seus olhos espirituais sejam abertos, e então estaremos contribuindo para a paz do mundo muito mais do que se nos oferecermos para carregar uma arma em defesa da paz.
Isto é diferente no mundo do que é conosco em nossas casas? Uma das lições mais difíceis no caminho espiritual é poder olhar sem ressentimento àqueles dentro do nosso convívio que nos roubam, julgam, atrapalham ou nos perseguem, mas mesmo assim oramos: “Pai, perdoa-os”. Oramos sem cessar até sermos capazes de olhar além das “aparências” e conhecer sua natureza impessoal e não-poderosa. Se não temos esta capacidade, não estamos preparados nem mesmo para um ministério espiritual, e nossas orações com esta consciência são desperdiçadas.
Joel Goldsmith – Capítulo 10 – O GRANDE CÍRCULO DE ORAÇÃO – Fonte Individuais de Luz – do Livro: A ALTITUDE DA ORAÇÃO
Categorias:Ensinamentos Joel S. Goldsmith
Deixe um comentário