A GRAÇA DE DEUS É A NOSSA SUFICIÊNCIA

A senha neste estágio de nossa experiência é: “Minha Graça te basta.” Parece que, em alguns casos, precisamos de mais saúde; mas não, a senha é: “Tua Graça é Minha suficiência”, não saúde, mas a Tua Graça. Pode nos parecer que a necessidade seja suprimento ou abundância maior, mas isso não é verdade: Tua Graça é minha suficiência. Pode nos parecer em outro caso que o senso humano de pecado precisa ser eliminado e que é necessário uma maior pureza, mas também existe apenas uma coisa que é necessária: Tua Graça.

Para nos afastarmos das tentativas de demonstrações de: saúde, suprimento, companhia ou qualquer coisa da existência humana, devemos manter “essa senha trancada dentro de nós”, mas sempre disponível; De modo que, quando surgir um problema de saúde para nós mesmos ou para outros, ou um problema de suprimento, companhia ou lar, vir à tona, podemos sair dele e não tentar demonstrar o contrário. Vamos largar os pares de opostos e demonstrar que “Minha Graça é suficiente para ti”.

Nós, no Caminho Infinito, estamos levando o ensino do Mestre literalmente: É possível ser “Cristo”, ser Filho de Deus, Filho Espiritual, herdeiro de todas as riquezas espirituais. Houve pessoas ao longo de todas as gerações que captaram essa visão; eles captaram a visão de elevar-se acima do estado-humano. Nas Escrituras ao redor do mundo, há muitos relatos de líderes religiosos que foram imaculadamente concebidos. O Filho de Deus nunca pode nascer ou conceber-se de outra maneira, exceto no seio do Pai: é sempre uma concepção imaculada. Essas grandes luzes espirituais morreram para sua individualidade física e renasceram do Espírito. Gautama morreu com o nome de Gautama, a fim de alcançar o nome de Buda; Jesus morreu em nome de Jesus, o carpinteiro, para se tornar o Cristo de Deus, o Filho de Deus.

Todo mundo que morre para seu estado-humano humanamente, nasce em sua natureza espiritual e, assim, perde o sentido humano que nasce e pode morrer. Para aquele não existe nascimento nem morte: existe apenas um viver eterno. Se essa vida permanece ou não visível para os seres humanos não é importante; se você acha ou não um corpo para enterrar não é importante; se o corpo é deixado ou não em uma tumba ou em um caixão não é importante. Na realidade, nunca houve uma pessoa com um corpo físico; nunca houve uma concepção física ou um nascimento físico: eles representam nosso senso finito de concepção imaculada e a divindade do nosso ser. Nunca perdemos nosso corpo: perdemos nosso sentido do corpo. Perdemos nosso falso conceito de corpo e obtemos a verdadeira idéia de corpo, na qual não há doença nem saúde: existe apenas imortalidade. Conhecê-Lo corretamente é a Vida Eterna. Não existe Vida Eterna na mortalidade, por isso deve ser Vida Eterna “na” e “como” imortalidade – imortalidade até do corpo, uma vez que nosso corpo, o próprio corpo, é o templo do Deus vivo.

No nível espiritual da vida, não nos voltamos para Deus para suprimento ou saúde. Nesse ponto da vida, provavelmente diremos a nós mesmos:

  • Por que estou tentando desesperadamente demonstrar suprimentos como se fosse algo bom, quando vi toda a miséria que isso trouxe a tantos?
  • Por que estou dando tanta atenção à demonstração de saúde?”

Eu já vi muitas pessoas saudáveis ​​que são tão infelizes quanto sou, ou ainda mais.”

Começamos a perceber que buscar saúde e suprimento poderia ter sido legítimos em um certo estágio da nossa consciência – assim como brincar com brinquedos quando éramos crianças. No entanto, assim como não seria considerado desejável sermos vistos brincando com brinquedos na idade adulta, também nesta estágio espiritual, não temos o direito de brincar com saúde ou com suprimentos: deveríamos ter superado isso. Uma grande quantidade de suprimento pode ser tão indesejável quanto pouco dele; muita saúde pode nos levar a mais problemas do que doenças. Nosso objetivo agora não é suprimento, saúde ou companheirismo.

Nosso objetivo agora é a Realização do estado-Cristo.

Quando desistimos do desejo de suprimento, teremos riquezas infinitas, mesmo no plano humano. No momento em que pararmos de buscar suprimentos, ele começará a nos perseguir: nunca falhou. No momento em que desistirmos da luta pela saúde, a saúde nos transpassará, mas nunca enquanto a procurarmos, porque a estamos procurando como se estivesse em algum lugar à nossa frente, fora de nós ou além de nós; e não está lá. Saúde não é uma condição do corpo; riqueza não é uma condição de um montante em uma conta bancária. Saúde e riqueza são estados de consciência Divinas – onipresentes – tão onipresentes quanto a integridade. Se acharmos necessário fazer um Tratamento para nos tornarmos mais honestos, também podemos continuar dando Tratamentos para mais saúde e mais riqueza; mas se acreditarmos que chegamos a um estado de integridade e honestidade, então devemos concordar que também chegamos a um estado de saúde e riqueza, porque tudo isso é inerente à Consciência Divina.

A saúde pertence a Deus. Totalidade, perfeição, plenitude – estas não estão ausentes de Deus, ao Eu único, estão?

Existe algum outro Eu?

Então, por que estamos lutando por saúde e suprimentos?

Eles não são algo separado e à parte de nós. Que eles sejam revelados em nós e através de nós, assim como é a nossa integridade.

Para muitos de nós, será uma etapa difícil dizer:

“Não estou mais tentando demonstrar saúde”. Eu mesmo já passei pela experiência de desistir da demonstração de suprimento em um momento em que eu não tinha suprimento e a única aparência humana era a necessidade de demonstrá-lo, mas tive que chegar à conclusão: não tenho suprimento para demonstrar, porque o único suprimento que tem algum significado para mim é o que já está incorporado em mim, o dom de Deus desde “antes que Abraão existisse”.

Toda vez que surge uma tentação, “eu preciso de saúde; eu preciso de suprimento; eu preciso de algo”; vamos responder: 

“Por que e para o que?”

“Para me tornar um mortal mais rico ou saudável, ou um mortal mais velho na terra? ” 

Sejamos cuidadosos pelo que oramos: visto que podemos obtê-lo. “Minha Graça te basta” não mais saúde, nem mais suprimento, mas “Minha Graça te basta.” Temos procurado um Deus espiritual por um bem material e, ao fazer isso, temos orado mal.

Joel – Cartas do Caminho Infinito – Setembro de 1957



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2 respostas

  1. Aloha,
    Muito obrigado.
    🙏Aloha🙏

    Enviado do meu iPhone

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  2. Os ensinamentos de Joel são surpreendentes, a cada dia aprendo algo novo e maravilhoso! Gratidão por passar esses conhecimentos 🙏🏻

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