Nos seus 16 anos de trabalho de cura, a Bíblia, em sua maior parte, sempre foi um livro velado para Joel. Ele lia, estava familiarizado com muitas passagens; todavia, como ele mesmo explicou aos seus primeiros alunos que o convenceram a ensinar-lhes a Bíblia, havia apenas duas declarações que ele poderia dizer sinceramente que ele entendeu. Um era “deixai-vos do homem cujo fôlego está nas suas narinas; pois em que se deve ele estimar? (Isaías 2:22).
Ele teve uma visão do que isso significava, e isso foi suficiente como parte integrante de sua prática. Joel passou 8 meses com essa passagem, até que uma declaração parceira veio a ele a partir do livro de João, no Novo Testamento: “Meu Reino não é deste mundo” (João 18:36).
Destas duas declarações, surgiu o conjunto da mensagem do Caminho Infinito, e embora houvesse muitas outras passagens e alguma poesia na Bíblia que Joel gostava muito, elas tinha pouco significado ou atração real para ele. Essas duas citações, no entanto, estiveram sempre presentes em sua consciência.
Todos os dias as pessoas vinham a ele por cura, e ele tinha que fazer uma de duas coisas: tentar curá-los ou esquecê-los. As Escrituras diz: “deixai-vos do homem…”, significando esquecer o homem, deixar “o estado humano” de existência, soltá-lo da consciência: não tentar curá-lo, não tentar reformá-lo, não tentar enriquecê-lo. Apenas olhar além da máscara e ver apenas O Cristo. Você pode imaginar um homem sentado em seu escritório lotado, muito ocupado com sua prática, com pessoas de várias idades e lugares e com todos os tipos de problemas que “este mundo” expressa vindo a ele, e ele ter que dizer a eles “Meu Reino não é deste mundo”!? Mas o que isso significa? Significava que ele não estava interessado em seus problemas? Não, era apenas que Joel teve um vislumbre do Reino Espiritual, e sabia que não adiantava tentar consertar um mundo humano ou um corpo em estado humano. O que era necessário era a elevação para uma Nova Dimensão da Consciência.
Já em 1932, ficou claro para Joel que a meditação era o caminho, e ele começou uma séria busca para descobrir o segredo. Os poucos livros que encontrou sobre esse assunto, alguns do Ocidente e alguns do Oriente, ele leu com avidez, mas nenhum lhe deu o que ele estava procurando.
Um dia, surgiu a idéia de que ele deveria sentar-se em silêncio e ver o que aconteceria. Ele fez isso e nada aconteceu. Mais tarde, no mesmo dia, ele tentou novamente, com a mesma falta de resultados. Finalmente, ele estava no ponto em que ficava sentado em silêncio 8 vezes por dia, tentando meditar de dois a cinco minutos de cada vez, mas ainda nada acontecia, ou seja, nada do que ele fosse consciente. Foi só depois de 8 meses que ele sentiu o que ele descreveu como um “clique”, não que soasse como tal, mas uma inspiração, uma respiração profunda, e ele sabia, então, que algo de natureza diferente acontecera. Naquele dia, o resto da manhã foi mais harmonioso e pacífico, mais bem sucedido do que aquilo que ele conhecia anteriormente. Antes do meio dia, no entanto, esse estado de harmonia parecia desaparecer, então ele tentou recriar e renovar a experiência daquela manhã várias vezes durante a tarde, mas sem sucesso.
Vários dias se passaram antes que ele alcançasse aquela sensação de “clique” novamente. Eventualmente, a experiência veio duas vezes em um mesmo dia, depois de oito ou dez tentativas. Quando aconteceu, mesmo que não fosse nada além de uma respiração profunda, mudou completamente seu dia. A harmonia em seu relacionamento com os outros começou a melhorar, e houve um aumento notável em sua renda. Já em 1933, ele estava meditando parte de cada hora do dia e na maioria das horas do dia e da noite, o que resultou em dormir apenas três horas e meia das vinte e quatro. Ele continuava a manter sua prática, fazia uma grande quantidade de leitura e, ao mesmo tempo, estudava sânscrito na Universidade de Harvard.
Sentado à sua mesa em 1934, uma mensagem surpreendente veio a ele do nada: “o pensamento não é poder”. Isto foi tão surpreendente para ele, porque ocorreu justamente na época em que a ideia de que o pensamento era poder varria o país e, não apenas isso, algumas pessoas começavam a acreditar que o pensamento era o verdadeiro único poder. E então, veio esse desdobramento desconcertante: “o pensamento não é poder”.
Isso foi tão perturbador para ele quanto foi a revelação séculos atrás, para aqueles entrincheirados na velha crença na Terra plana, de que a Terra era redonda. Por dentro, ele sentiu uma agitação, por dentro ele estava perturbado, uma revolução estava acontecendo. O pensamento não é poder nesta Era em que tantos ensinamentos são dedicados a essa mesma ideia? O pensamento não é poder? Não é o pensamento todo o poder? O pensamento não governa? Foram necessários dias e mais dias de meditação, dias e mais dias de reflexão a fim de saber se ele estava se iludindo ou se algo muito importante estava chegando a partir de dentro dele.
Mas Joel teve ampla oportunidade de provar o quão ineficaz o pensamento pode ser. Ele aprendera que o pensamento poderia servir para elevar uma pessoa a um nível de quietude, mas ele sabia que, quando uma pessoa enfrenta um problema realmente sério, não é um pensamento em qualquer lugar que seja que realmente pode socorrê-la. Somente a percepção e Realização de Deus pode trazer harmonia em tal situação.
- Não é a forma de oração que traz o milagre da Graça que aparece como cura;
- Não é a Verdade que uma pessoa conhece;
É o Espírito que torna-se ativo na Consciência. Se for ativo, levantará edifícios, levantará os mortos. Se este corpo for destruído, em três dias, Eu, “este Cristo”, o levantarei.
Nesse período em que Joel se sentou como praticante em seu escritório, conduzindo o Trabalho de Cura da manhã até a noite, seis dias por semana, ele escreveu:
Durante dezesseis anos, vivi entre dois mundos, externamente como curador, vivendo uma vida familiar normal, mas interiormente, à parte “deste mundo”, como se eu já tivesse partido. Todos esses anos foram infelizes para o homem exterior e, provavelmente, também para a família; interiormente, uma sensação de uma vida somente de aprendizado. Segredos do Oriente e do Ocidente foram revelados a mim, segredos da mente do homem e do Reino Espiritual. Leis da mente e a Graça do Espírito revelaram-se a mim. Eu nunca me importei com a miséria da minha vida pessoal, apenas a infelicidade daqueles que tocavam minha vida exterior, e não podiam adentrar comigo na vida interior. Nunca tendo experimentado as vitórias ou derrotas da existência humana, foi uma transição completa para a Vida do Espírito. Não é uma experiência agradável testemunhar neófitos buscando o caminho espiritual, porque eles procuram tão ansiosamente por alegrias imaginadas, sucessos e honras, e essas, eu nunca encontrei. Por que, então, a vida espiritual? Ela é dada àqueles que o recebem por propósito especial do Reino Interior, e não pela vida individual triunfante. É dada por um ato da Graça, para uma missão; e como a sua vida não é sua mesmo, não pode haver vitórias, lucros, nem satisfação de qualquer natureza pessoal. Quem recebe a ordenação têm a sorte de ser chamado a servir, mas deve se lembrar que não é por seu benefício ou glória pessoal, mas por um trabalho a ser realizado. Pense, neófito, antes de bater à porta seriamente. Pense! Você viverá entre dois mundos, viverá neste mundo, mas não será dele. Seus padrões, suas emoções, suas palavras e seus caminhos não serão “deste mundo”, e assim, você será alienado de seus amigos, familiares e comunidade, mas obrigado a viver e trabalhar entre eles. Você encontrará apenas alguns de sua própria família espiritual, muito raramente, e cada um deles estará totalmente ocupado com sua própria missão. Seu relacionamento com os do mundo será insatisfatório; haverá períodos de paz somente quando em contemplação e comunhão interior.
Conforme ele se tornava mais adepto da meditação, mais experiências espirituais começaram a vir, e essas aumentaram até que, em 1945, uma comunicação de dentro lhe disse sem nenhuma dúvida:
“O próximo ano será o seu ano de transição”.
Eu não gostei nada daquilo. Isso soou para mim muito parecido com morrer, e há muito tempo eu já tinha aceitado que gostava da vida o suficiente para ficar aqui por uns duzentos anos, e então decidiria se eu gostaria de continuar aqui um pouco mais. Mas então, a Voz estava me dizendo que eu tinha que aprender a confiar que esse próximo ano seria o meu ano de transição. Quando eu protestei sobre isso, a Voz voltou e disse: “não é esse tipo de transição! Essa é uma transição para um estado diferente de Consciência”. Joel dedicava-se integralmente ao trabalho de cura e a ensinar o que ele aprendeu sobre a natureza de Deus e oração a indivíduos que vinham a ele; porém, mais particularmente, ensinar a meditação. Conforme aqueles que vinham a ele aprendiam a meditar, eles eram capazes de fazer o contato interno, e assim, eles não precisariam voltar a ele, exceto pela alegria da comunhão espiritual e de meditar em conjunto.
Em 1946, no ano seguinte, o ano que me disseram que seria o meu ano de transição, um membro da minha família notou que, por vários dias, eu fiquei sem comer carne, e perguntou se isso era intencional ou se havia algum motivo para isso. Foi a primeira vez que eu me tornei ciente disso. Evidentemente, tinha sido um ato inconsciente. Um dia ou dois depois disso, no entanto, em julho, a experiência espiritual da iniciação começou, e durou dois meses.Todas as manhãs, às cinco horas, eu era acordado e tinha que sentar em uma cadeira até as sete horas, duas horas inteiras. Todo dia eu passava por uma iluminação interna que parecia abrir minha Consciência, e era como se eu estivesse testemunhando o equivalente a uma iniciação maçônica. Parecia que eu estava testemunhando uma cerimônia incrível e sendo iniciado na Verdade Espiritual. Eu considerei isso a primeira iluminação, que foi uma revelação de algo que eu pudesse entender especificamente e dizer: “agora eu sei o que é isso, e agora eu posso dizer”. E esse foi o ano em que o Caminho Infinito foi completado. Foram os dois meses mais bonitos da minha vida inteira e, no final desse tempo, me foi dito em palavras muito claras: “a partir de agora você vai ensinar, mas você nunca procurará um aluno. Você aceitará os alunos que serão levados a você. Você nunca precisará de nada, mas você permitirá fluir o que tiver que acontecer”.
Em uma das anotações pessoais que Joel me enviou em janeiro de 1964, mas escrita muitos anos antes, ele deu mais informações sobre o que ele aprendeu durante essa iniciação: “A oração de um homem justo vale muito”. Até agora, queríamos que Deus nos purificasse. Nós esperávamos por alguma visitação de fora ou de dentro, que deveria milagrosamente nos purificar e, eventualmente, perdoar nossos pecados.
Em minha própria iniciação e purificação, aprendi isso: nós mesmos devemos iniciar os passos necessários para a realização do Deus Interior e governo d’Ele sobre nossa experiência de vida.
Em 1957, Joel me disse que, quando visitou o Partenon em Atenas, em 1955, ele achou estranhamente familiar, porque lhe parecia ter sido o lugar exato de sua iniciação naquelas primeiras horas da manhã em Santa Monica, em 1946. No entanto, essa não foi a única iniciação que ele experientou. Houve muitas nos anos que se seguiram, mas, na maior parte, ele estava relutante em compartilhar qualquer uma dessas além do que está registrado neste trecho. “Experimentei uma iniciação no sábado de manhã, breve, mas poderosa. Entretanto, não teve nenhuma relação com as aulas”. “Hoje recebi uma nova ordenação. Seguem-se as notas… Foi dito: “mantenha-se à parte. Viva no mundo, mas não seja dele. O Espírito de Deus está em você. Você viverá em dois mundos – no mundo espiritual, aprendendo Seus caminhos, e por Sua Graça, expressando-se no mundo humano. Meu Espírito está sobre você. Ouça, fale, viva através do Meu Espírito. Minha Graça é a força, conhecimento, apoio e suprimento para todo o seu trabalho”. Então me foi mostrado o lótus da pureza e o lírio da imortalidade – sinais da Presença do Espírito. E assim é. Joel sustentava que existem muitos relatos de iniciação repetidos por romancistas e outras pessoas, contando algo que eles ouviram alguém dizer no Egito, Índia ou Tibete, mas que ele soubesse, em nenhum lugar do mundo houve registro de uma revelação do que o tornara um mestre. Ele tinha certeza de que Jesus nunca deu os segredos de sua iniciação, nem mesmo para seus discípulos. Antes da conclusão do Caminho Infinito, Joel teve uma visão do passado, presente e futuro. Nessa visão, ele transcendeu o tempo e o espaço, e toda a sua vida foi revelada na magnitude dessa experiência. O Caminho Infinito não era algo que simplesmente aconteceu. Foi o fruto de todos os seus anos de estudo e prática, o fruto dessa dedicação inabalável ao princípio que finalmente veio à tona neste livro. Muito antes disso, enquanto ele era o Primeiro Leitor da Ciência Cristã, em Boston, sentado em sua mesa em 20 de novembro de1940, às 13:45, ele escreveu: “minha tarefa será reunir aqueles ao meu redor que entendem a Verdade como é apresentada em meus escritos”. Naquela época não havia estudantes e não havia escritos, mas ele registrou isso por escrito e nunca mais o viu até 1946, quando ele estava repassando alguns de seus papéis. Era uma previsão de eventos futuros, mas deve ter parecido estranho para ele, naquele tempo. |
Então, em Santa Monica, Califórnia, quando o manuscrito do Caminho Infinito foi tomando forma, ele encontrou outra anotação de 1937:
“A Iluminação dissolve todos os laços materiais e une os homens com os elos dourados do Entendimento Espiritual. Reconhece apenas a liderança do Cristo. Não tem rituais ou regras, somente o Amor Divino, impessoal e universal, nenhuma outra adoração, senão a Chama Interna que está acesa para sempre no santuário do Espírito. Essa União é o estado livre de Fraternidade Espiritual. A única restrição é a disciplina da Alma; portanto, conhecemos a Liberdade sem licenciosidade. Somos um universo unido, sem limites físicos. Somos Um Serviço Divino a Deus, sem cerimônia ou credo. O iluminado caminha sem medo – pela Graça”.
Sobre essa passagem, Joel falou mais tarde, maravilhado: Como um praticante da Ciência Cristã escreveria algo assim? Como eu mesmo poderia sonhar com algo como romper laços materiais, de uma irmandade espiritual ou de um serviço unido a Deus? Pensamentos como estes não entram na mente de alguém, a menos que venham do universal. Isso foi escrito em 1937, e nunca mais o vi até 1946, e aqui surge ele, três mil milhas além. Eu não entendi isso, mas gostei e então coloquei na página quarenta do Caminho Infinito. Quando o livro estava pronto para impressão, a mesma passagem veio à minha mente novamente, e eu disse para o editor “quero que essa passagem seja colocada na frente de todo livro, de todo manuscrito ou de todos os panfletos que possam aparecer com meu nome nele”. Mesmo assim, Joel não sabia por que isso era tão significativo, porque ele não tinha idéia do trabalho que estava à sua frente. Mais tarde, ele disse que a mesma coisa que deu a ele essa mensagem 1937 escreveu O Caminho Infinito e forneceu a sugestão para todo o trabalho do Caminho Infinito o tempo todo. Desde os primeiros dias do ministério de cura de Joel, ele escreveu cartas para seus pacientes, às vezes volumosas. Logo, ele se viu escrevendo uma carta semanal para aqueles que queriam dele uma mensagem da Verdade, e embora algumas dessas cartas tenham entrado no livro O Caminho Infinito, vários dos capítulos foram escritos especificamente para o livro, como o capítulo sobre “Imortalidade”, o capítulo sobre “Suprimento” e aquele intitulado “O Novo Horizonte”, que Joel reconheceu como o mais importante capítulo de todo o livro. E isso saiu de um sonho. |
Em toda a sua vida, de acordo com Joel, ele provavelmente não teve mais de cem sonhos, e todos, exceto um deles, eram todos sem sentido. Mas esse sonho teve real significado para ele, e deu-lhe o capítulo “O Novo Horizonte”. Uma noite, em Santa Monica, enquanto ele estava em um sono profundo, uma faixa de seda vermelha foi baixada do teto. Nele havia uma mensagem em caligrafia de letras de ouro. Embora ele estivesse sonhando, ele sabia que era um sonho. Ele também sabia que ele tinha que acordar para registrar o que viu, e então ele se forçou a acordar. Mesmo quando ele estava acordado, a faixa ainda estava lá, e ele escreveu a mensagem que estava na faixa. Quando ele terminou, a faixa se enrolou e desapareceu. Na manhã seguinte, Joel deu uma cópia do que ele escrevera para sua secretária, Nellie Steeves, que havia se mudado para a Califórnia. Dela, a resposta foi: “oh, esse é o último capítulo do livro”. Embora não seja o último capítulo, ele é um dos últimos, e Joel sempre achou que é um dos mais importantes de seus escritos, porque mostra tão claramente que, antes que uma pessoa possa entrar na vida espiritual, deve desistir não somente do mal da experiência humana, mas também do bem. Muitas vezes ouvi Joel pedir aos alunos que não lessem mais nada senão esse capítulo por duas semanas ou um mês, contemplando seu significado. O capítulo “Suprimento”, no Caminho Infinito, teve um impacto tão grande em quem o leu que foi finalmente impresso em forma de panfleto. Embora esse fosse um assunto sobre o qual Joel pudesse falar com autoridade, porque ele havia trabalhado com esse problema em seu própria experiência de carência, ele sempre pensou que era um assunto que não poderia ser explicado somente por palavras. Um dia, entretanto, quando ele e sua esposa estavam dirigindo de Los Angeles para o deserto, eles passaram por uma área onde laranjas e limões estavam crescendo. Foi nesse momento que lhe foi dada essa visão sobre o assunto do suprimento, que ele sentiu que poderia ensinar àqueles que não estavam familiarizados com a visão que ele tinha sobre a natureza da oferta como nada que é visível, mas como aquilo que flui de dentro para fora da Consciência do Ser Individual. Conforme o método de apresentação do assunto do suprimento se desdobrou para ele usando a laranja e a laranjeira como exemplo, ele entusiasticamente disse isso a Nadea. Ela, com entusiasmo igual, disse-lhe que não se esquecesse de registrar por escrito, porque era realmente isso. E assim foi que nasceu o capítulo sobre suprimento. |
Quando O Caminho Infinito estava por ser publicado, Joel o enviou para praticamente todos os grandes editores na cidade de Nova York. Alguns leram uma e ou duas vezes, mas tudo se passou como um livro que não teria apelo. Eventualmente, Joel publicou em LosAngeles e pagou ele mesmo pelo custo da publicação. Parecia haver pouca apreciação nos Estados Unidos por um livro que acabaria por ter um profundo efeito na vida de tantas pessoas.
Três ou quatro anos depois, alguém enviou uma cópia do Caminho Infinito para Henry Thomas Hamblin, na Inglaterra. Quando o Sr. Hamblin leu, escreveu a Joel: “é isso que tenho esperado e é isso que o mundo está esperando. Este é o ensino de Jesus Cristo novamente na Terra”. Ele escreveu um artigo sobre o Caminho Infinito, publicado em sua Revista da Ciência do Pensamento (Science of Thought Magazine), e como resultado, os editores George Allen e Unwin, de Londres, pediram a Joel permissão para publicá-lo.
Os anos de meditação de Joel – os anos de estudo, os anos de dedicação focada em viver os princípios que se tornaram cada vez mais claros – culminou nos dois meses de iniciação interna que despiu todo véu. Então, a revelação completa dos princípios da vida e cura espirituais lhe foram dados. Para provar a validade desses princípios, ele dedicou o restante dos anos de sua vida.
Sua iniciação o tirou completamente do reino da metafísica para o puro misticismo. A metafísica com a qual Joel viveu por tantos anos, mas que ele nunca aceitou completamente, permaneceu parte de seu histórico e constituiu a base esquelética em que a revelação mística foi desenvolvida.
O misticismo de Joel não se apoiava principalmente em experiências de fenômenos como ver luzes ou ter visões; mais que isto, como visionário, penetrava além do que o mundo vê, nesse Reino desconhecido que está aqui e agora, mas que não é percebido pelos sentidos físicos grosseiros. Suas visões e a Voz da qual ele falava tão freqüentemente vinham a ele como transmissões, como impressões vindas do seu interior.
Eu não estou sozinho neste trabalho. Existe um Espírito que está comigo desde a minha iluminação, e não é uma pessoa, tanto quanto consiga perceber. Não ouço vozes ditando mensagens ou qualquer coisa desse tipo. Mas há este Espírito, uma Presença que sinto às vezes aqui, às vezes sentado no meu ombro.
Este Espírito sempre esteve comigo nos meus trabalhos. Este Espírito é a minha vida, a harmonia do meu ser, meu suprimento. Eu não tive que seguir os passos humanos para ter suprimento porque ele sempre vem, embora, a princípio, devagar. Esse Espírito transmitiu esta mensagem para o mundo inteiro e me manteve com saúde. Tive apenas uma doença grave em 30 anos, e trabalhei duro – por 20 desses anos, 20 horas por dia, com três horas e meia de sono. E ainda hoje trabalho duro para responder minhas mensagens, fazendo o trabalho de cura, de ensino, palestras e viajando, vivendo em hotéis. Mas não fico esgotado, nem fico abatido; não me sinto cansado e nem me sinto manipulado por este Espírito. Não é minha saúde que me mantém, é este Espírito, e tudo isso me foi dado como trabalho desde 1928, no mês de novembro. Sempre esteve comigo, sempre.
Joel Goldsmith pode, com razão, ser chamado de místico, porque ele alcançou a Unidade Consciente com a Fonte de toda a Vida. Naqueles momentos de crescente Consciência em que ele viveu, na maioria das vezes, não havia véu entre ele e a Realidade Última, porque não havia dualidade. Ele viu “o Novo Céu e a Nova Terra” como aqui e agora, e reconheceu a experiência humana, com seu bem e mal, como uma sugestão mesmérica decorrente da crença mundial em dois poderes, na qual nasce imerso cada ser humano.
Lorraine Sinkleir – Capítulo 4 – Iniciação – Livro: A Jornada Espiritual de Joel Goldsmith
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Que Benção reveladora o que acabei de ler e de receber. Eterna Gratidão!
Anderson Andrade.
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🙏ALOHA🙏
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Assim É. Fique quieto. Não se preocupe em saber se foi ou não um instrumento. O mais importante é estar disponível
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Já tive algumas experiências de cura com a mãe da minha filha não tenho total certeza !
Mais creio que fui um canal do fluir de Deus para esses acontecimentos!
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