O segredo de encontrar o erro está em conhecer a sua natureza. E a natureza do erro pode ser resumida em palavras como “mente carnal”, “sugestão”, “aparência” ou “hipnotismo”. A natureza do erro como hipnotismo, ou a mente carnal, pode ser ilustrada desta forma: Se houvesse uma planta na sala onde você está sentado agora e alguém o hipnotizasse, ele poderia fazer você acreditar que, ao invés de galhos, cobras estavam crescendo fora do vaso, e você aceitaria e acreditaria nisso. Através da sugestão hipnótica, o hipnotizador tomou o controle temporário de sua mente e, como você aparentemente é incapaz de agir independentemente, segue a sugestão dele até sua conclusão lógica. O medo das cobras está instalado em você; você foge delas e pode até pegar uma faca para cortar a cabeça delas— tudo isso baseado na crença de que as cobras estão realmente lá.

Não importa o que você possa fazer com essas cobras inexistentes, você ainda não pode mudar o fato de que enquanto você permanecer hipnotizado, você verá cobras.

• Não há maneira possível de você se livrar dessas cobras, a não ser ficar deshipnotizado;
• Não há maneira possível de se livrar do medo das cobras, a não ser ficar deshipnotizado;
• Não há maneira de não erguer a espada a não ser ficar deshipnotizado.

Em outras palavras, enquanto a hipnose durar, todas as partes componentes da imagem estão lá, não estão?

Agora, assim como é possível hipnotizá-lo a acreditar que há cobras na sala, também é possível hipnotizá-lo a acreditar que há uma individualidade diferente de Deus em qualquer lugar onde você esteja. Tão logo você tenha sido hipnotizado a acreditar em uma individualidade à parte de Deus, você então, aceita logicamente todas as crenças relativas a essa individualidade: nascimento, crescimento, maturidade e, por fim, morte. Só há uma maneira de se livrar da imagem humana, que é compreender que não existe pessoa e que não há individualidade diferente de Deus na sala ou em qualquer outro lugar. Mas a pessoa hipnotizada vai imediatamente contrariar com: “Como você pode dizer que só existe Deus na sala?”

E a resposta é simples: só existe uma Vida, e essa Vida é Deus; há apenas uma Alma, e essa Alma é Deus; há apenas um Espírito; só há uma Lei; há apenas um Princípio Criativo: Deus.

O que pode então, estar presente exceto Deus? Nada!
No momento em que você vê Deus e… você está hipnotizado. No momento em que você vê um mundo mortal e material, você está hipnotizado; e a partir daí, não há maneira possível de se livrar da aparência. Essa é a razão pela qual, mesmo que você mate a cobra ali no vaso, mais duas se levantarão para ocupar o seu lugar. É por isso que com todos os avanços feitos em matéria de medicina todos ainda morrem, porque todos os que nascem devem morrer. Isso acontece e continuará acontecendo. Na melhor das hipóteses eles podem viver mais alguns anos, mas isso é tudo. As pessoas ainda morrem de pneumonia; as pessoas ainda morrem de tuberculose; morrem de câncer; elas ainda morrem de insuficiência cardíaca, e se uma cura fosse encontrada para estes males, algo mais, iria imediatamente substituí-los.

Se você pode concordar que Deus existe, o que significa que você aceita um Poder Infinito do Bem, certamente então, você deve ser capaz de entender que não pode haver erro, doença ou morte. Na verdade, desde o início dos tempos, nunca houve uma única morte no Reino de Deus.
Portanto, tudo o que você vê na natureza do pecado, doença ou morte faz parte da
hipnose e, além disso, tudo o que você vê como humanidade boa também faz parte da mesma hipnose. Mesmo o ser humano saudável de trinta ou quarenta anos será um dia um velho ser humano de setenta ou oitenta anos. Quando você vê uma pessoa jovem e saudável, você está apenas sendo enganado por uma aparência boa. Até que você possa tornar-se deshipnotizado ao ponto de saber que não existem seres humanos bons ou maus, que não existem seres humanos doentes ou saudáveis, mas que só existe Deus, a Única Vida, a Única Alma, o Único Espírito, a Única Substância, a Única Lei, a Única Atividade— até esse momento, você terá que experimentar a morte.

Não Julgue Segundo as Aparências

Ninguém pode jamais ser deshipnotizado enquanto estiver julgando pelas aparências, porque a mente humana com a qual ele está julgando é um estado de hipnotismo. Em outras palavras, ao olhar com nossos olhos, estamos olhando a partir de um estado de hipnose, no qual nossos olhos sempre vão ver bebês nascendo e idosos morrendo; nossos ouvidos vão sempre estar ouvindo falar de pecado, doença, morte, falta e limitação. Até que sejamos capazes de desligar esses cinco sentidos e desenvolver um discernimento interior, vamos sempre ver, ouvir, provar, tocar e cheirar o erro.
Se olharmos através dos nossos olhos para as pessoas deste mundo, tudo o que veremos são seres humanos, às vezes bons, às vezes maus. O homem e a mulher que se amam num dia espetam punhais no coração um do outro no dia seguinte. O pai que acaricia a criança num dia o repreende no dia seguinte. É a imagem humana, às vezes boa, às vezes má. Isso é o que sempre veremos, ouviremos, provaremos, tocaremos e cheiraremos com os cinco sentidos físicos. A única maneira de ser deshipnotizado é aquietar os sentidos físicos, ficar quieto por dentro, e então a Consciência Espiritual revela a verdade do ser que nos permite ver o que não é visível, ouvir o que não é audível, conhecer o que não é cognoscível com os sentidos humanos.
Uma pessoa sem apreciação musical ouvindo uma sinfonia ouve apenas uma massa de ruídos monótonos e maçantes, mas uma pessoa com uma consciência musical desenvolvida ouvindo a mesma sinfonia ouve harmonia, melodia e ritmo. O que uma pessoa que não tem apreço pela arte vê quando olha para uma bela pintura? Manchas de tinta! Isso é tudo – nada mais, nada menos – apenas manchas de tinta que não fazem sentido. Por outro lado, uma pessoa com uma apreciação da arte vê tudo o que o artista tinha em mente, e aprecia a técnica, a execução, a coloração e o sombreamento. Uma pessoa que não sabe nada de escultura olha para uma estátua, e o que ela vê? Um pedaço de bronze ou mármore feito em uma estátua que para ela aparece apenas como uma semelhança muito pobre. Mas a pessoa com senso artístico olha para a escultura e vê a habilidade expressa pela linha, forma e ritmo; ela vê na escultura o fluxo na mente e nas mãos do artista. Essas pessoas não estão vendo com os olhos: elas estão vendo através da sua compreensão da música e da arte.
E assim, como ninguém será capaz de compreender uma sinfonia ou uma peça de
escultura até que desenvolva uma certa medida de apreciação artística, ninguém será capaz de compreender o universo Espiritual até que desenvolva essa Consciência Espiritual interior, essa que é chamada de Consciência do Cristo. Foi a Consciência do Cristo que permitiu a Jesus dizer a Pilatos, o homem que tinha o maior poder temporal de sua época em Jerusalém: “Não poderias ter nenhum poder contra mim, se não te fosse dado do Alto”. Como Jesus poderia fazer uma afirmação tão ousada diante do grande poder temporal que Pilatos exercia? Foi apenas porque ele tinha a visão interior para ver algo além do que os olhos podiam ver e os ouvidos podiam ouvir. Ele sabia algo que o ser humano não podia saber, e ele o provou quando se deixou ser crucificado. Eles podiam crucificá-lo, mas não podiam matá-lo. A crucificação e os pregos não tinham poder.

A Consciência Deshipnotizada Vê a Realidade

O deshipnotismo é um estado de Consciência que vê o que realmente é: é a capacidade de ver, ouvir, provar, tocar e cheirar a Realidade; é a capacidade de ver o pecado não como pecado, e a doença não como doença, mas sim de ser capaz de separá-los da pessoa e perceber que estamos lidando com uma aparência falsa produzida pela crença em uma individualidade separada de Deus, uma crença universal tão poderosa que opera como lei em nossa consciência até detectá-la e expulsá-la, ou seja, até conhecermos a Verdade que nos torna livres.
A única forma de conseguir isso é através da Consciência Espiritual. Em primeiro lugar, devemos saber o seguinte: não podemos curar uma doença, pois não há nenhuma; não podemos vencer a pobreza, pois não há nenhuma; não podemos superar a morte, pois não há nenhuma. A única coisa que podemos fazer é reconhecer que não estamos lidando com essas aparências ou sugestões como tais: estamos lidando com o hipnotismo.
Mesmo a chamada causa mental de uma doença é tão ilusória quanto a doença física. Se existe uma causa mental para uma doença física, como se afirma em alguns ensinamentos, a doença não é ilusão, uma vez que tem uma causa real. Nós, no Caminho Infinito, acreditamos que mesmo uma causa mental é tão ilusória quanto a doença física, uma vez que tudo o que existe no cenário humano é da natureza da ilusão. A causa mental é tão ilusória em sua natureza quanto ao efeito físico.
A verdade é que tudo o que existe, é Deus Infinito e Sua criação. Não há mais nada. Para compreender a Realidade, devemos compreender que só o Espírito é Real, já que o Espírito é Infinito. Tudo o que existe, então, deve existir do ponto de vista do Espírito e está sob a Lei Espiritual. Portanto, não estamos lidando com os efeitos físicos de causas mentais: estamos lidando apenas com Deus se manifestando e expressando Suas infinitas harmonias, e com a aparência, sugestão ou reivindicação de uma crença universal em uma individualidade separada de Deus, de um universo à parte de Deus, e de uma individualidade e universo sujeito a leis materiais e mentais.

Este Universo é Governado por Princípios

Você pode acreditar que existe Deus “e” a doença também? Onde estaria Deus enquanto alguém está sofrendo? Os pais humanos nunca permitiriam que uma criança sofresse de uma doença se pudessem evita-la. Você deixaria seu filho sofrer? Então porque achas que Deus o faria? Não pode ser. Na realidade, nunca houve uma pessoa doente ou morta.
Todas as que já viveram desde o início de todos os tempos ainda estão vivas – não poderia ser de outra forma. A menos que você aceite esta verdade, você é realmente um ateu e acredita que o mundo brotou do pó, que ele vai voltar ao pó, e que Deus não existe.
Mas podes acreditar nisso quando você observa a lei do semelhante gerando semelhante em operação: maçãs sempre provenientes de macieiras, repolhos provenientes de plantações de repolho? Isso não pode ser acidental; deve haver uma lei. Este não é um mundo acidental. Deve haver um princípio por trás disso, e esse Princípio é Deus. Se existe Um Princípio, há alguma exceção a esse Princípio? No nosso sistema de matemática duas vezes dois são sempre quatro, e nunca há qualquer exceção a isso. Cresce alguma coisa em macieiras, exceto maçãs, ou em laranjeiras, exceto laranjas?
Existe um Princípio governando o universo, e porque há Um Princípio, Uma Lei Divina, nada está fora do Seu governo ou controle, não mais do que as notas da escala – dó, ré, mi, fá, sol, lá, si— não há mudança em sua relação umas com as outras. Nenhuma nota jamais tirou outra da escala. Nenhuma nota jamais infringiu outra. Nenhuma nota jamais tirou nada de outra nota.
É exatamente o mesmo com os dígitos zero, um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito e nove. Eles nunca saem de seus lugares de direito; nenhum deles jamais tirou qualquer coisa um dos outros; nenhum jamais excluiu o outro ou tirou partido de outro. Cooperação? Sim, eles têm cooperado para o bem comum.
Se isso é verdade para a matemática e para a música, como pode ser diferente do
homem a quem foi dado o domínio sobre a matemática e a música? Por isso, nunca houve um homem que tenha tirado outro homem da terra; nunca houve um homem que tenha tirado outro homem dos seus negócios. Nunca! Essas imagens fazem parte do hipnotismo universal, e se pudermos acreditar que existe um universo mortal, material, nós também fazemos parte desse hipnotismo. O hipnotismo é o erro, e somos nós que temos que corrigi-lo através da compreensão de que um com Deus é a maioria. O momento em que uma pessoa conhece a Verdade, ou pode recorrer a alguém mais elevado em consciência que pode conhecer a Verdade para ela, que “um com Deus é a maioria”, isso quebra o feitiço.

“Vá e Não Peques Mais”

O hipnotismo pode ser quebrado, mas isso não significa que a pessoa deshipnotizada não possa em breve, voltar a entrar nele. Se ela não se conformar com a visão elevada, nada vai impedi-la de escorregar de volta ao mesmo pecado, à mesma doença ou uma diferente. Jesus disse: “Nem eu te condeno: Vá, e não peques mais”. Em outras palavras: “Liberto-te e dou-te a tua liberdade através da minha compreensão da tua natureza espiritual, mas não voltes atrás e te entregues de novo à mortalidade”. Se uma pessoa que é curada não muda o seu modo de vida, isto é, se voltar atrás e “pecar” de novo, pode descobrir que uma coisa pior virá sobre ela.
O mundo interpreta mal o significado da palavra “pecado”. Significa não apenas ficar bêbado, cometer adultério ou roubar: o pecado é muito mais do que isso. O pecado é realmente a aceitação de um universo material. Voltar à crença de que existem seres humanos é o pecado que lança uma pessoa de volta à doença e ao pecado novamente. O que o mundo pode chamar de pecado— roubo, mentira, trapaça e adultério— é da mesma natureza da doença: é apenas mais uma forma de hipnotismo.

Hipnotismo É a Substância de Toda a Discórdia

Não há diferença entre o inferno chamado pobreza e o chamado guerra, doença ou
pecado. Nenhum é pior do que o outro. São todas formas de uma coisa, e essa única coisa é o hipnotismo. Em um homem, o hipnotismo aparece como alguma coisa ou pensamento pecaminoso; em outro, aparece como uma condição ou pensamento doentio; e em outro, aparece como pobreza. A forma particular não faz diferença; é tudo hipnotismo. Tire o hipnotismo, e nenhuma destas coisas estaria lá. Só existe um erro, e que é o hipnotismo.
Se pudéssemos ser induzidos a dar tratamentos a pessoas – para tratar seus nervos ou uma causa mental de uma doença física, para tratá-las de ressentimento, ódio, ciúme ou raiva, ou se pudéssemos ser induzidos a tratá-las de câncer ou consumo – não estaríamos praticando a cura espiritual: estaríamos na matéria médica, porque estaríamos tratando os efeitos, seja o efeito um pecado, uma doença ou pobreza, e se nos livrássemos deles, mais dois efeitos levantariam em suas cabeças.
Até colocarmos o machado na raiz da árvore, que é o hipnotismo, não saímos do estado mortal ou material de consciência. Quando somos capazes de ver através do hipnotismo, independentemente do nome ou natureza do pecado, doença ou falta, nosso paciente ou aluno experimentará harmonia, saúde, plenitude e completude. Se o seu problema são os nervos, ele se vê livre de nervos; se a sua crença é o desemprego, ele se encontra empregado; se a sua reivindicação é doença, ele se encontra bem. Porquê? Por causa da capacidade do praticante de ver através da reivindicação do hipnotismo e perceber Deus como o Princípio de tudo o que existe.
Muitas vezes, porém, mesmo depois de um estudante entender que o hipnotismo está operando como sugestão ou aparência, ele ainda acredita que há uma condição real a ser destruída. É quando ouvimos expressões como: “Veja o que o hipnotismo está fazendo comigo”. Mas o hipnotismo não é uma coisa ou condição real. O hipnotismo não pode produzir água no deserto ou cobras no vaso. O hipnotismo em si não é nada, não tem forma, não tem causa e não tem efeito. Reconhecer qualquer forma ou aparência de erro como hipnotismo e, em seguida, descartá-lo sem preocupação adicional é a maneira correta de lidar com todos os erros.
Medite sobre essa ideia de hipnotismo “como” substância de todas formas do universo mortal ou material que está aparecendo para você. Quando você vê pecado, doença, falta e limitação, lembre-se que é o hipnotismo se apresentando a você como o que é chamado de forma maligna. Mas então, quando você vê a beleza ao seu redor, as montanhas, o oceano e o sol, lembre-se, que estas também são formas de hipnotismo, só que desta vez aparecendo para você como boas formas.
Isto não significa que não devemos desfrutar do bem da existência humana, mas sim, que devemos desfrutá-lo pelo que ele é – não como algo real em si mesmo, mas porque a Realidade, aquilo que está subjacente a todo o bem, é Espiritual e, portanto, deve ser discernida espiritualmente. Gostamos das formas de bem, sabendo que são formas temporárias, não algo para ser armazenado, não algo para ser colocado em cofres de banco, mas algo para ser apreciado, e então continuamos a cada dia deixando o Maná cair novamente.
Quando confrontado com os aspectos negativos do hipnotismo, ou seja, as formas de pecado, doença, falta e limitação, o ponto mais importante a lembrar é que não devemos ser enganados por eles, não devemos ser enganados a tentar reformar pessoas más ou pecadoras, mas sempre rapidamente lembrar: “Oh, não! Isso é hipnotismo aparecendo em outra forma, hipnotismo que, por si só, não pode ser a substância, lei, causa ou efeito de qualquer forma da Realidade.” Essa prática permite que você se torne um curador espiritual.

Nunca Tente Mudar uma Pessoa ou uma Condição

Conforme você avança no trabalho e, através da meditação, és capaz de se elevar a um ponto em que está acima deste mundo, então conhecerás a Mim como Eu sou, e Eu te conhecerei como tu és. É assim que as curas acontecem, e é por isso que advirto os nossos alunos a não dizerem às pessoas que elas devem se corrigir, a não recusarem pacientes porque não parecem estar fazendo o que acham que é certo. Isso não tem nada a ver com o aluno. Ele deve ir para dentro e ver a pessoa que está tentando ajudar como Deus o fez, e então o paciente logo se conformará “ao padrão mostrado a ti no monte”. (Hebreus 5:8)
O mundo está tão hipnotizado por pessoas, lugares e coisas a tal ponto que uma pessoa boa, um bom lugar e uma coisa boa se tornam tão agradáveis e confortáveis que todos querem desfrutar desses efeitos, e não querem ir mais alto do que isso. Entretanto, tais alegrias e prazeres materiais não podem ser uma dispensação permanente, porque não importa quanto bem que uma pessoa possa ter, ela ainda flutua entre os pares de opostos.
Então, novamente digo isso a você: se você puder ser levado a tratar uma pessoa na tentativa de mudá-la ou dar-lhe mais do que este mundo tem de bom, ou se você puder ser levado a temer a guerra, uma depressão ou uma bomba atômica, você está hipnotizado. É apenas uma questão, então, de que data será colocada em sua lápide. Se, no entanto, você conseguir captar esta visão, quando chegar a hora de deixar este mundo, você sairá para uma experiência de transição que será maior e melhor do que esta.
Você não pode tratar uma pessoa: você não pode tratar uma condição. Fazer isso seria como tentar tratar as cobras que aparecem no vaso e dizer: “Tenho que me livrar das minhas três cobras. Assim que me livrar delas, poderei estudar melhor.” Você vê como isso é uma tolice? Não existem cobras, por isso você nunca vai se livrar delas. Tudo que você tem que fazer é se livrar do hipnotismo! hipnotismo! Quando você realmente sabe e acredita nisso – não apenas acreditar em palavras – você não terá mais que estudar a Verdade porque o único propósito em estudar a Verdade é aprender que o hipnotismo é o único erro, e quando você tiver aprendido isso, não há mais nada para estudar. Todo o resto é para ser vivido dentro do seu próprio ser.
No momento que você tenta mudar ou melhorar uma doença ou condição, você mesmo está no hipnotismo, porque não há doença ou condição além do mesmerismo ou do hipnotismo. Estar ludibriado, então, a tentar lidar com a condição seria apenas piorar toda a situação.
Aqueles que estão lendo ou estudando a Verdade ou que estão usando a Verdade para cura, para suprimento ou para algum outro propósito descobrirão que quanto mais suas mentes estão fixadas em se livrar da condição ou em obter a cura, mais suas mentes estão na miragem do erro. Você deve ver que não há demonstração humana a ser feita. Há apenas uma demonstração: obter a realização de Deus.
Quando você tem a realização de Deus, você tem tudo: você tem Suprimentos; você tem Vida Imortal, Eternidade e Infinidade. Você não pode demonstrar um lar, um companheiro, um divórcio ou um emprego: você só pode demonstrar a Presença de Deus, e isso inclui qualquer que seja a natureza da demonstração exterior.

Não Existe Deus “e”

O reconhecimento do hipnotismo inclui a demonstração de como se livrar de qualquer forma que ele possa assumir: a água na estrada, as cobras no vaso de flores, ou o câncer.
Mas você não pode se livrar deles separadamente e à parte do hipnotismo. Nem você pode fazer uma demonstração de casa, emprego ou saúde separadamente e à parte de alcançar a Realização Consciente de Deus, porque não há demonstração do bem separado e à parte de Deus.
Não adianta tratar pessoa, lugar ou coisa, porque tudo o que existe no erro é o
hipnotismo. Não adianta buscar uma demonstração de pessoa, coisa ou condição porque não há demonstração separada e à parte da realização de Deus. A realização de Deus inclui todas as demonstrações. “Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
O ponto importante para entender é que é o mesmo no lado positivo como no negativo.
No lado positivo, é a demonstração da Consciência da Presença de Deus; No lado negativo, é perceber que não importa qual seja a forma de erro, é hipnotismo, e só hipnotismo, que não tem substância, lei, causa, realidade ou efeito. Estes são os dois lados da imagem.
Toda a base do ensino do Caminho Infinito é que não existe Deus “e”. Não existe Deus “e” saúde, ou Deus ‘e” força, ou Deus “e” imortalidade, ou Deus “e” atividade, ou Deus “e” suprimento.
Existe apenas Deus Se manifestando como. Você pode pegar um bloco de mogno, e com ele fazer uma cadeira, uma mesa e um banco. Mas você não tem mogno ‘e” uma mesa “e” uma cadeira “e” um banco: você tem mogno manifestado ou expresso como essas peças de mobiliário.
Portanto, quando você pensa em Deus como a Substância do universo, você não tem Deus, a Substância, e uma variedade de formas: você tem Deus aparecendo ou formado como estas formas, manifestadas e expressas como formas. É por isso que, se você demonstrar Deus, você demonstra todas as formas pelas quais Deus aparece. Você demonstra Deus como saúde, como harmonia, como imortalidade, e como suprimento.
Você não pode demonstrar Deus e essas coisas, e você não pode demonstrar essas coisas separadas e à parte de Deus, porque todas elas são formadas pelo próprio Deus.

Não Existe Hipnotismo “e”

Esta ideia de não haver separação entre a substância de uma coisa e a própria coisa também pode ser aplicada a uma compreensão de todo o erro como hipnotismo. Não existe hipnotismo e uma doença. Não existe hipnotismo e falta e limitação; não existe hipnotismo e pecado e morte. Existe apenas o hipnotismo aparecendo como estas imagens.
Você não pode se livrar do pecado, doença ou morte separadamente e à parte do
hipnotismo, mas quando você se livra do hipnotismo, você está livre de todas as suas várias formas. A maneira de remover os efeitos do hipnotismo é compreender o hipnotismo, não como uma coisa, mas como nenhuma coisa, nenhum poder, nenhuma presença.
Aqui você tem o segredo da vida. Quando, através dos sentidos, você observa a vida como ela parece ser – como você a vê, ouve, prova, toca ou cheira – você entende imediatamente que isso é o produto do hipnotismo. Através do seu sentido Espiritual, você discerne que onde esse sentido humano, material ou físico parece estar é a criação espiritual, eterna e imortal.
Se você visse uma assim chamada aparência maligna, pecaminosa, doente, moribunda ou morta, provavelmente seria imediatamente tentado a saber alguma verdade que você espera que mude a imagem, ou a pensar em algum pensamento que possa curar, corrigir, melhorar ou reformar; Enquanto que, se você visse o bem humano normal, a riqueza humana normal, a harmonia, a plenitude ou a prosperidade, você muito provavelmente aceitaria essa imagem pelo seu valor facial.
O hipnotismo é tanto hipnotismo quando aparece como o bem como quando aparece como o mal. Quando você chega a um estado de vida, entretanto, onde você pode olhar para a aparência humana harmoniosa e reconhecê-la como hipnotismo, aparência ou sugestão, e quando você pode olhar para a imagem humana desarmônica ou discordante e reconhecê-la como o produto do mesmo hipnotismo, como aparência ou sugestão, então, você chegou a um ponto na consciência em que você não tentará melhorar, curar ou corrigir a imagem errônea, nem experimentará satisfação indevida sobre a imagem harmoniosa. Isso é porque você saberá através do seu sentido Espiritual que, independentemente da imagem ou da natureza de sua aparência, ali está a Realidade Espiritual e a Harmonia, ali está o Ser Eterno e Imortal. Portanto, não fará nenhum esforço mental para corrigi-lo, curá-lo ou melhorá-lo. E com essa capacidade de se abster de todas as tentativas de curar, corrigir ou melhorar, você terá demonstrado a Consciência da totalidade de Deus.
Se você pode saber que as aparências humanas harmoniosas não são mais reais do que as desarmônicas ou discordantes e se você pode saber que as aparências humanas desarmônicas, discordantes, doentes, pecaminosas e moribundas não são mais reais do que as aparências harmoniosas ou saudáveis, então você chegou a um estado de consciência que discerne espiritualmente a harmonia exatamente onde qualquer forma ou aparência humana possa estar.
Quando você ter se acostumado com a ideia de observar as aparências humanas
harmoniosas e as aparências humanas desarmoniosas com o mesmo grau de
despreocupação, você saberá que chegou a um estado de consciência espiritual no qual você vê o que é invisível, ouve o que é inaudível e conhece o que é incognoscível. Esta é a Consciência de Cristo.

Joel – Capítulo 4 – do Livro: Realização da Unidade – Sem “e”.

Categorias:Ensinamentos Joel S. Goldsmith

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