O homem natural é treinado para ser um fazedor, um realizador, alguém que alcança, mas o Espírito revela que o Cristo de nosso ser é a Realização.

Os alunos que estão conosco hoje já estiveram juntos muitas vezes; nós somos a Árvore da Vida manifestada. A Bíblia diz: “As folhas [da Árvore da Vida] eram para a cura das nações” (Apocalipse 22:2). Sei que há muitos alunos nesta classe que estão tão fundamentados na verdade que toda meditação será dedicada à realização do Cristo, dissipando o sentido material e revelando a harmonia, o Reino dos Céus na Terra. Muitos aqui têm “poucos problemas”, então esta atividade pode ser um presente para o mundo, uma influência divina que despertará aqueles que ainda estão presos ao sentido material e à crença em uma individualidade separada de Deus. Ao dar nossa atenção no agora, recebemos inspiração, quando não estamos pensando em melhorar nossa humanidade, mas, em vez disso, estamos cientes desse maravilhoso relacionamento de Unidade com Deus que é nosso por herança divina. A Verdade pode então se desdobrar e se revelar de uma maneira nova, porque os fundamentos do misticismo são sempre os mesmos. O homem interior e o homem exterior são um. O homem interior, o Cristo, governa, mantém e sustenta o homem exterior. Nossa luta é abrir mão desse homem exterior. Uma de nossas Sabedorias é “Eu morro com dificuldade”, e todos nós, até certo ponto, morremos com dificuldade.
Sentimo-nos culpados se abrirmos mão de muito esforço mental – pensamos que não estamos fazendo o suficiente. À medida que vivemos a vida mística, a maior tentação que um místico recém-nascido experimentará é um sentimento de culpa e a crença de que não está fazendo o suficiente; isso ocorre porque “ser um observador” ainda não é compreendido. Mas a Vida está vivendo a Si mesma, expressando-se, desdobrando-se e revelando-se enquanto estamos observando. Parece tão estranho não estar fazendo, tentando obter ou alcançar, em vez de contemplar este homem interior trabalhando. Este Homem interior ou Presença não é apenas o Cristo de Jesus, mas também é o Cristo de você e de mim, a Alma viva. O homem natural é treinado para ser um fazedor, um realizador, alguém que alcança, mas o Espírito revela que o Cristo de nosso ser é a Realização. Não há realmente nada espiritual que possamos alcançar através do senso pessoal. Somente quando nos voltamos para o reino espiritual é que Cristo se revela a cada um de nós. Palavras e pensamentos podem nos trazer revelações, mas a iluminação é uma experiência momento a momento da Alma casada com o Espírito na união mística. Enquanto me preparava para esta aula, por muito tempo me senti vazia. Todos os dias, eu dava uma caminhada, ficando alerta e ouvindo continuamente. A cada dia, uma ideia me vinha à mente. Um dia, enquanto eu agonizava com o meu vazio, isto me veio rápida e gentilmente: “Sem fazer nada, tudo está sendo feito”. Que maravilha! Os peixes estão nadando, os pássaros estão voando, a chuva está fornecendo água, o sol está fazendo tudo crescer – como poderíamos acrescentar a este universo? Não há uma única coisa que possamos acrescentar – este universo está em sua total perfeição aqui e agora, e vemos apenas o sentido finito dessa perfeição. Mas sem que façamos nada, tudo está sendo feito. Nossos corações estão batendo, não precisamos orar por oxigênio ou água, e as árvores frutíferas estão dando frutos – tudo sem que façamos uma única coisa. O maná que veio a mim naquele dia era glorioso! Mas não podemos viver com o mesmo maná todos os dias – todos os dias deve haver maná fresco.

Percebi que a cada dia uma bela joia me era dada, mantendo-me no momento presente, alerta e livre de pensamentos ansiosos ou de me voltar para o exterior. Existem tão poucos que podem viver a vida mística – não requer nenhuma ação mental ou física além de extrema vigilância e atenção para viver no momento do Agora. A vida mística exige que sejamos observadores de Deus em ação. Isso é muito difícil para a maioria de nós porque queremos fazer alguma coisa! Fomos ensinados que devemos realizar ou alcançar algo. Ao olhar para trás em minha experiência humana, percebi que toda vez que empurrava ou fazia alguma coisa, eu escorregava. Mas toda vez que me contentava em ser um observador do universo de Deus em ação, em ser uma testemunha da perfeição onipresente de Deus aqui e agora, eu fluía com a Vida e os eventos mais inesperados aconteciam. Outra joia maravilhosa foi dada a mim durante este período – “Coisas maravilhosas estão acontecendo agora porque seu nome está escrito no céu!” Imediatamente, voltei-me para a passagem bíblica que diz: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo está sobre os seus ombros; O Pai da Eternidade, O Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6) Quando vi a palavra “maravilhoso”, pensei: “Sim! Não é maravilhoso agora que nosso nome está escrito no céu?”
“Amados, agora somos filhos de Deus.” (1João 3:2) Não importa o que fomos ou o que seremos – Agora somos filhos de Deus. Isso significa que coisas maravilhosas estão acontecendo agora. Com essa percepção, cada dia é maravilhoso, então devemos lembrar diariamente: “Coisas maravilhosas estão acontecendo agora, pois nosso nome está escrito no céu!” Sabemos qual é o nosso nome; Deus nos deu Seu nome. A palavra “nome” também significa “natureza”, então Deus nos deu não apenas Seu nome, mas também Sua natureza divina. Ele nos deu Sua natureza de Amor, a natureza misericordiosa que é cheia de gratidão e admiração. Não é maravilhoso que esta Verdade esteja acontecendo agora? Um místico deve viver com a palavra Agora – ninguém pode viver misticamente no passado ou futuro porque Deus não sabe nada sobre passado ou futuro. Deus está “existindo” agora, então a vida mística não pode ser de planejamento e delineamento. Fazemos planos como por exemplo, reservas de viagens quando necessário, mas fazemos esses planos no agora e depois os esquecemos, pois a realização é sempre AGORA. Tudo funciona em ordem divina quando vivemos no agora. No Caminho Infinito, temos quatro palavrinhas para nos manter sintonizados misticamente – como, é, um e agora. Essas palavras são fundamentais para a natureza de Deus. O amor não é um ato futuro ou passado, mas é sempre uma atividade do agora. Então, quando pensamos na natureza de Deus como Amor, essa pequena palavra aparece. A natureza de Deus como Amor é a nossa natureza divina. Não temos que aprender a amar, mas apenas aceitar nosso relacionamento como filhos de Deus, herdeiros de Deus. O princípio místico é que Deus aparece como um ser individual; isso significa que a natureza divina e o caráter de Deus aparecem como a divina natureza e caráter de nosso ser interior ou Alma.
O homem natural não sabe disso, mas é verdade porque as escrituras nos dizem que o que Deus fez é para sempre; nada pode ser adicionado ou retirado. Deus é o nosso ser. A natureza humana é uma velha fantasia que vestimos para encobrir nosso verdadeiro eu. Alguns podem vestir uma fantasia de palhaço, uma fantasia de mendigo, as feridas de um leproso – não faz diferença qual é a fantasia porque essa aparência externa é uma forma adquirida que não tem realidade intrínseca.
Seu Ser interior, sua Alma, está intacta e inteira; Ela coexiste com Deus e é Amor. Então, na verdade, nunca podemos aprender a amar, mas agimos com base na sagrada assunção daquilo que já é Divinamente. Se tentarmos aprender o amor, estaremos usando a mente e ela não é um instrumento do Amor. Até mesmo as expressões de afeto que temos para com nossa família, especialmente as crianças, nunca são feitas pela mente, mas espontâneas e livres, vindas da Alma. É nossa natureza divina amar. Não importa o quanto alguém o ame, você nunca ficará mentalmente satisfeito. É o amor que, sem pensar, você libera espontaneamente da fonte de sua natureza divina que satisfaz o anseio do seu coração. Quando Alma e Espírito são Um, o Amor está presente. Então, voltamos a essas quatro palavrinhas – como, é, um e agora – apenas viver com essas quatro palavrinhas nos conduzirá ao Reino dos Céus. Sabemos que isso impede a tentativa de “realizar” – no minuto em que trazemos à nossa consciência “É“: Tudo já é. Porque Deus existe, coisas maravilhosas estão acontecendo agora – a vida é cheia de maravilhas, novidades e revelações inesperadas. Por que? Porque a Natureza Divina é a sua natureza espiritual. Deus aparece como ser individual, consciência individual, e assim devemos aprender espiritualmente a estar mais conscientes do Ser.
A meditação é a maneira pela qual nos familiarizamos com nossa natureza divina. Já está dentro de nós em sua plenitude porque o Cristo, a divindade dentro de nós, nunca nasceu e nunca morre. A experiência da Imaculada Conceição foi velada pela história humana e pela crucificação de Jesus. Ressurreição e ascensão foram a experiência espiritual de Jesus que nos revelou a natureza divina do homem como Alma e não sentido. Uma Divindade está escondida ou velada dentro de nossa humanidade e só precisa ser reconhecida e admitida por nós para liberar este Esplendor Oculto. Com o reconhecimento, a compreensão finalmente chega até nós e vemos a “ressurreição” demonstrada como “o Verbo feito carne” (João 1:14) revelado em nossa experiência. Esta revelação de nossa natureza espiritual é uma atividade agora do Amor Divino. Então, quando meditamos, estamos meditando para experimentar a ressurreição revelando nossa natureza incorpórea.

Joel usa a palavra “contato” com frequência em seus escritos, mas em uma de suas cartas mensais, ele disse: “Gostaria de poder tirar a palavra ‘contato’ de meus livros – uma palavra melhor é ‘conscientização’. Na meditação, passamos por estágios de consciência. No primeiro estágio, estamos muito conscientes de quão mentais somos, de quanto pensamos, e os pensamentos geralmente são sobre ontem ou amanhã. Se não estamos ocupados pensando, muitas vezes estamos assistindo à televisão ou usando o computador ou o telefone, de modo que há muita atividade humana passando por nossa mente. A mente nunca é livre ou pura. Tem o condicionamento que colocamos nela, então o primeiro passo é voltar-se para dentro de nosso interior e tornar-se consciente do que está acontecendo em nossa mente. Quando nós tomamos consciência disso, naturalmente queremos que pare, mas isso imediatamente cria uma sensação de resistência – queremos “nos livrar” dessa atividade mental constante. Quando nos sentamos para meditar e resistimos ao conteúdo de nossa mente, ficamos exaustos. Logo percebemos o princípio místico, “não resista ao mal” (Mateus 5:39).
A razão pela qual um místico pode viver com uma mente silenciosa é que ele percebeu que sua Natureza Divina é Onipresente e ele está vivendo na ressurreição. Descobrir e experimentar o silêncio interior e a paz é uma dádiva da Graça para cada indivíduo. Portanto, não temos que resistir ao que está passando por nossa mente. Nós “esperamos no Senhor” (Isaías 40:31) e no Silêncio há liberdade e alegria. Isso vem como nosso primeiro amor de nosso verdadeiro Ser. Pouquíssimas pessoas conhecem seu verdadeiro Ser e amam uma ideia de Deus, sem perceber que esta Presença está dentro delas. Mas se realmente conhecemos nosso Eu, sabemos que Deus está sendo NÓS e estamos tão satisfeitos que não queremos voltar à personalização de um “eu ou você”. Preferimos viver nossas vidas em nosso próprio interior de inspiração e paz. Não quero dizer que preferimos sentar em uma cadeira com os olhos fechados. À medida que começamos a funcionar espiritualmente, percebemos que o mundo em que vivemos é espiritual e começa a revelar suas leis, projetos, arte, matemática e padrões. Começamos a ver com novos olhos e ouvir com novos ouvidos, mas isso só acontece quando amamos o nosso Eu o suficiente para sentar e ouvir sem resistência – em pouco tempo, os giros mentais param, uma calma vem sobre nós, experimentamos a união mística da Alma/Espírito. Então entramos em um estado mais elevado de consciência e reconhecemos a novidade do desdobramento da Vida. “Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.” (João 10:10)
Querido amigo, damos as boas-vindas ao Ano Novo enquanto continuamos nossa jornada interior dos sentidos à Alma, de viver preso ao tempo e à terra para viver no Eterno Agora com oportunidades ilimitadas. Cada dia deve ser novo à medida que vivemos a partir da consciência mística de apenas Um Eu, sabendo que Deus É, “Tudo em todos”. Conhecer nosso Eu é o caminho da liberdade e da realização. Portanto, cada lição deste ano abrirá novos horizontes para todos nós em nossa jornada. Muito obrigado pelos lindos cartões de Natal e mensagens de amor! Feliz Ano Novo e Aloha a todos.
© Virgínia Stephenson – Aula mensal, janeiro 2015.
Disponível em
https://www.alohamystics.com/virginias-monthly-lesson/
Categorias:Estudantes do Caminho Infinito
Graça e Paz, prezada irmã Andreia.
Parabéns pelo relevante trabalho. Divulgar a Mensagem do Caminho Infinito é um desiderato sagrado.
Recebas o meu caloroso Aloha!
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🌹🌹🌹AloHa🌹🌹🌹
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Que presente de DEUS dadivoso a vida espiritual sem nenhum tipo de esforço. RENDIÇÃO EXTREMA ao SAGRADO VIVO aqui! ALOHANDO em perfeição incondicional agraciada….
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