Cartas do Caminho Infinito – Julho de 1957 –
Existe um Espírito invisível que sempre aparece como forma no plano visível. No outono, as frutas das árvores são colhidas e as folhas caem, mas ninguém fica alarmado por isto. Todo mundo sabe que a natureza está trabalhando e que em poucos meses as folhas e os frutos reaparecerão. Todos nós sabemos disso, mas falhamos em reconhecer a analogia entre essa atividade cíclica da natureza e nosso próprio suprimento. Às vezes, quando olhamos para nossos bolsos e os encontramos vazios, o mesmerismo do mundo é tão grande que achamos que chegamos ao fim de nosso suprimento. Esquecemos que, assim como parece haver uma estação de estéril na vida de uma árvore, também podemos passar por um período de falta, que é apenas uma fase temporária de nossa experiência total. Dentro de nós, no fundo, a mesma Lei de Deus que, através de Moisés, trouxe maná, uma nuvem de dia e uma coluna de fogo de noite, a mesma lei que trouxe corvos com comida a Elias, que multiplicou pães e peixes, que sempre alimentou, manteve e sustentou os da visão espiritual, que o mesmo Espírito está aqui e agora no meio de nós.

O Espírito que tão abundantemente enche a terra com seus frutos, o mar com peixes, o ar com pássaros, as colinas com gado, o solo com todo tipo de vegetais, frutas e flores, em tanta abundância que não se pode contar, fornece tudo de bom para nós. A abundância é o plano divino para nós, mas perdemos isso ao olhar para as formas externas e tentar colocá-las “onde os gafanhotos e a ferrugem corrompem”, sentindo que, se não as mantivermos seguras ao nosso alcance, nunca mais existirá, em vez de apreciar o que está exposto diante de nós, na percepção de que o Invisível Infinito, a que chamamos Pai, Espírito, Cristo, Presença ou Deus, nos proporcionou uma infinidade de suprimentos quando olhamos para Ele. Muitas pessoas experimentam a falta por um período tão longo que elas realmente acreditam que existe uma lei de limitação que as vincula à experiência da falta. Essa crença de que existe uma lei da falta, é a primeira sugestão que deve ser eliminada. Se você pudesse contar os pássaros no ar e os peixes no mar, ou se pudesse nadar no Oceano Pacífico, como fazemos aqui no Havaí, e pudesse contar as conchas, as rochas e as flores que crescem embaixo a água, você saberia que não existe uma lei da falta.
A Abundância é a Lei do Universo.
A abundância é apoiada por Lei e, portanto, a abundância é uma dispensação permanente. É algo que é tão eterno quanto Infinito. Conte as estrelas no céu e as gotas de água no oceano; conte as folhas nas árvores; e entenda o que o infinito realmente significa e você saberá o que é abundância: é a lei da vida – infinita, eterna. Não há lei de falta e limitação.
Joel -Cartas do Caminho Infinito – Julho de 1957
Categorias:Cartas do Caminho Infinito
Deixe um comentário